O recurso ao teletrabalho tem aumentado durante a pandemia, abrangendo cada vez mais grupos profissionais, com indícios que esta nova realidade irá sobreviver à pandemia;
O teletrabalho traz novos desafios na gestão do trabalho por parte dos empregadores e dos trabalhadores, incluindo novas dificuldades a nível da garantia do bem-estar dos teletrabalhadores e da sua saúde e segurança do trabalho;
O teletrabalho apresenta potenciais impactos no bem-estar dos trabalhadores, com as devidas implicações na produtividade das empresas;
A bibliografia sobre o impacto do teletrabalho na saúde física e mental é escassa e baseada em estudos anteriores à pandemia;
As caraterísticas individuais indiciam respostas distintas de adaptação ao trabalho em casa, fundamentalmente porque as condições de habitação e de trabalho são muito diversas; é provável que existam impactos no bem-estar, o que pode aumentar desigualdades pré-existentes;
Este projeto visa identificar e compreender os efeitos do teletrabalho na saúde física e mental ao longo do tempo, bem como de que forma as relações laborais e as condições de trabalho podem agravar ou mitigar esses efeitos;
Será considerado um universo de grandes empregadores e departamentos de recursos humanos de grandes empresas com elevada adesão ao teletrabalho;
Nesse universo será constituída uma amostra representativa em termos de: perfil sociodemográfico dos trabalhadores em teletrabalho; caraterísticas das empresas; tipologia de teletrabalho;
Será desenvolvido um questionário com as seguintes dimensões: sociodemográfica e estado de saúde, condições e organização do trabalho em teletrabalho, saúde física, saúde mental e hábitos de vida.
Serão entrevistados empregadores de grandes empresas que recorrem ao teletrabalho, para conhecer a sua perspetiva quanto à implementação, dificuldades e sucessos do teletrabalho do ponto de vista empresarial.